Se
não me engano, é no folclore escocês que diz sobre a existência de uma criatura
que vive em lugares inóspitos como pântanos e florestas escuras. Ela é forte e tímida, covarde e pouco
inteligente – o que a torna um ser fácil de ser sobrepujado pelos homens que
tencionam derrotá-lo. Tal criatura
lendária é um ogro.
Infelizmente
essa descrição parece assemelhar-se com outra espécie de criatura. Vejamos:
Qual
tipo de mortal é forte, mas não sabe usar a força que já lhe foi disponibilizada?
Qual
tipo de mortal prefere agradar aos homens por medo de rejeição?
Qual
tipo de mortal não percebe o perigo que corre ao se enamorar com o pecado?
Qual
tipo de mortal tem se tornado vítima de liderança mau caráter?
Por mais ridícula que nos
pareça essa comparação, há, diante de nós, um grupo de pessoas que se dizem
cristãs – algumas são de fato (embora não pareçam) outras não são (e nem sabem
disso) – que, por não viverem o verdadeiro evangelho, assemelham-se em número e
grau ao ser descrito anteriormente.
O
Ogro Gospel é o cristão que padece sem conhecimento e fé verdadeiros em Cristo
Jesus. É criatura incapaz de avaliar,
por si só, quando outros lhe induzem ao erro mais crasso e graúdo. É a antítese da sabedoria, da cautela e da
atenção. É um ogro, mesmo
Depois
que o Diabo conseguiu introduzir na igreja a idéia de que basta estar acima da
moralidade do mundo, o nível que se tem requerido dos evangélicos tem diminuído
abaixo da fronteira que divide a terra do inferno. Os que deveriam se portar como cidadãos
celestiais, têm se portado como cidadãos liderados pelo príncipe deste
mundo. Muitos ogros têm surgido.
Esses,
também, aparentam sofrer um feitiço. Ao
olharem para um espelho não vêem nada de errado com sua aparência bufa. O espelho, fabricado para apresentar
comparações, mostra-lhes outras criaturas mais grotescas ainda, diminuindo e
cancelando suas possíveis necessidades de melhora. “Sou rico e não preciso de nada”, afirmam
sobre poder espiritual.
Satanás
lhes enganou, ensinando, através de homens, que há como conciliar piedade e
mundanismo. Que há como dizer sim para o
Espírito e sim para a carne. Que há como
comprar Deus com mandingas evangélicas.
Que o reino do aqui e agora é superior ao que há por vir. Que não existe necessidade de se curvar ao
senhorio de Cristo no dia-a-dia. Que
igreja só serve para recreação espiritual.
Que ter é mais importante que ser.
Que entender deve preceder o obedecer.
Que vale tudo para o reino evangélico.
Infelizmente, esses têm se
dado bem conforme o alcance de seus objetivos.
Tristemente diferem dos ogros
na sua simplicidade de vida e desprendimento das coisas, entretanto, ainda assemelham-se a ele por serem engraçados
na sua forma de agir, mas não percebem que são fedorentos pelo mesmo motivo. E, desventura, estão vivendo num reino tão
tão distante do único evangelho que pode libertá-los da magia – que não
precisava ser eterna.
É
a morte da sabedoria bíblica aqui.
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