Os resultados
da cruz são diferentes dos resultados do resultado da cruz.
Isso
mesmo! O cristão que, pela transformação
que o evagelho produz, trocou a pinga pelo suco e aprendeu a saboreá-lo não
pode acreditar que o melhor da vida é o suco. Senão, ainda estará bêbado. De tanto ouvirmos que Jesus abençoa somos
tentados a desejar os resultados e não Quem produz os resultados.
Há
diferença nisso? Claro que sim! Isso
tudo é semelhante à devoção ao remédio e não ao médico - mesmo que saibamos que
um mesmo remédio não servirá para todas as dores. O fato é que muitas vezes a ênfase está nos remédios
e nosso foco já não é “para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus”.
Gostamos tanto dos resultados que o causador desses resultados vira
apenas o apêndice da história.
O
ex-drogado que virou engenheiro, a ex-traficante que virou enfermeira, o
ex-qualquer coisa que virou alguma coisa nos parece mais sedutor que a
revelação da graça transformadora do Evangelho de Jesus - que transforma um
preguiçoso em trabalhador, um desesperado em esperançoso, um do mal em um do
bem.
A afirmação
de que “eu era cego e agora vejo” não obterá seus resultados mais valiosos se
não apresentarmos quem realmente nos possibilitou enxergar.
De fato, se não virmos a Verdade, viveremos focados
apenas naquilo que os olhos veem.
Não podemos esperar que os frutos de uma vida com
Cristo sejam os mesmos que os frutos de uma pessoa que vive apenas os
benefícios que traz uma vida com Cristo. Quem não aprendeu a valorizar a origem
do bem que lhe sobreveio, viverá apenas para desejar coisas e prazeres,
glorificando a criatura e não o criador. Ficarão embriagados.
John Piper, citando Jonathan Edwards afirma que “Deus
é a herança [dos cristãos genuínos]. Ele é a riqueza e o tesouro, o alimento, a
vida, a habitação, o enfeite e a coroa, [dos que vão para o céu]”. A. B. Simpson
também dizia categoricamente que o Doador é o que nossa alma deveria desejar e
não as Suas dádivas: Jesus Cristo, Ele mesmo!
Sejamos sinceros quando formos lembrados da morte e,
mesmo sabendo que iremos para Jesus, ainda desejarmos ficar mais um tempo por
aqui pela mera cegueira do bom que o bem tem nos feito, preferindo o presente e
o presente.
Precisamos fixar os olhos na Estrela não no dedo de
quem a aponta.
Do mesmo modo, a liberdade pela liberdade pode nos sugerir
que, porque somos livres podemos reclamar, xingar, violentar e empurrar os
outros morro abaixo. Nosso grande pecado se direciona ao fato de valorizarmos
mais a graça de sermos livres que os objetivos dAquele que nos libertou.
Se acreditarmos que o favor é mais importante que Quem
nos favorece cairemos no pecado de cultuar a atrativa (falsa) prosperidade que
tanto nos faz chorar com essa tal cultura gospel.
Não se engane: nosso Salvador é Jesus somente, e não a
sombra dEle.
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