Na história do refrigerante mais vendido no mundo estão algumas notas interessantes. Uma delas é o acaso de seu surgimento. Conforme se diz, ele, primeiramente, era um remédio estomacal que caiu no gosto do povo e assim evoluiu (?) com a supressão de alguns elementos farmacêuticos de sua fórmula inicial.
Outra nota, a que perdura como um dos grandes segredos do planeta, está em sua composição química. Diz a lenda que ninguém jamais conseguiu perfazer a mesma fórmula que adoça e enfeitiça a boca do mundo – por mais sofisticado o laboratório, e mais rentável seja esse descobrimento.
O
monstro comercial chamado Coca-Cola (com ou sem rato) está para os viciados e
apaixonados como Jesus está para o mundo gospel na nova era – ou melhor, da
nova onda.
O
fato é que o que seria a solução para um mal, se tornou comercialmente rentável. Quando a evangelização no Brasil passou a ter
uma mensagem popular de entretenimento, caiu nas graças de um povo sem
compromisso e desejoso de ter a boca adocicada por motivos espirituais.
A
comercialização da fé está apodrecendo de vez o (pouco) que resta de
credibilidade que o mundo deposita nos evangélicos.
De
um lado, encontramos uma turma de vendedores bem capacitados. Têm uma competência enorme de vender sabonete
com “perfume alabastro” e “sandálias Jezabel” (nem importa o que sejam alabastro e Jezabel). Do outro lado, encontramos uma gente que
permanece buscando o reino terreno e os seus prazeres. Estes disfarçam suas tristezas e frustrações
dentro de igrejas maquiadas de cristãs.
Não têm vida plena e satisfeita em Cristo, mas aprendem cedo que uma
palavra do evangeliquês pode amarrar ou espantar uma tendência depressiva. Nem uma nem outra. Logo reconhecem que não existem palavras
mágicas e tampouco há cura para alma numa religiosidade comercial.
Antes,
camisetas com o nome Jesus (identificação) – era só o começo. Hoje, no ramo gospel, existem agendas cristãs,
jogos bíblicos, CDs, DVDs, relógios, lotes em condomínios de irmãos. Diga-se de
passagem, que a grande maioria desses
produtos é de um mal gosto inumano. Em
breve teremos também cerveja (refrigerante já temos) e desinfetante que levarão
o nome Jesus. Este último com instruções de uso.
A bem da verdade, o declínio,
que tudo isso provoca, já começou. É
bem provável que o estigma dessa busca desenfreada pelo lucro com o
mercadejamento da Palavra já seja indelével na sociedade. Isso perseguirá os crentes no Brasil. Infelizmente (e isso é o que mais dói) que
até aqueles que sinceramente pediam um avivamento espiritual estão observando que o que nos sobreveio foi um sepultamento
moral. Satanás tem oferecido o reino desta
terra a muitos líderes e cantores evangélicos.
E eles têm aceitado. Vejamos os
evangélicos mais conhecidos do povo gospel.
Vejamos os políticos da bancada evangélica. Vejamos o que brota das igrejas
neo-pentecostais (não seria melhor nomeá-las de circos religiosos).
Pior
em dias de Natal, nos quais a Coca-Cola – identificando-se como a própria
felicidade – tenta remover Jesus para terceiro lugar. O segundo seria Papai Noel.
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