Esporte Clube Gospel
Dizem que um pesquisador foi perguntado sobre qual o
esporte favorito dos brasileiros. Sem
titubear o pesquisador disse que era voleibol.
O assombro foi grande e imediato.
Disseram a ele que estava errado, pois o esporte mais jogado e assistido
pelos brasileiros era, de longe, o futebol.
Ele afirmou logo em seguida: “Não! O voleibol é o esporte preferido dos
brasileiros. No Brasil futebol é religião, não é esporte.”
De fato, em pesquisa recente foi constatado que há
mais torcedores do Flamengo que evangélicos no Brasil. E se tivéssemos condições de contar apenas os
nascidos-de-novo, excluindo os evangélicos religiosos, aí até a torcida do
Vasco seria maior.
E, olhando bem de perto a relação do brasileiro com
as coisas da vida, percebemos quanto a paixão futebolística tempera a vida
tupiniquim.
Alguns defendem partidos políticos (e políticos) como
se estivessem defendendo seu time de futebol.
Têm uma paixão que é irracional.
Torcer para esse ou aquele time não melhora o PIB, não gera renda, não
asfalta a rua, não melhora o sistema de ensino.
Entretanto com política devemos ser frios e racionais. Todos nós sabemos por que.
Infelizmente,
com o advento da “gospelzada” nas igrejas veio, também, um mundo de
“evangélicos” que tratam sua denominação, igreja e liderança como se fosse um
time de futebol. E são torcedores de
carteirinha. Não importa se tudo vai mal
com a moralidade do time. Não importa se
o craque pastor, bispo ou “apóstolo” rouba.
Não importa se o time faz mais gol contra que a favor. O torcedor apaixonado é torcedor fiel do
time.
O fundamentalismo, a lavagem cerebral, a
religiosidade, a cegueira espiritual e intelectual levam pessoas às mais
absurdas atitudes. Um mínimo de juízo e
prudência nos livraria de muitas aberrações que estão jogando na lama o
testemunho da igreja de Jesus. O fato é
que muitos nem são convertidos a Cristo, mas são convencidos pelos seus líderes
e por si mesmos. Basta estar dentro
desta ou daquela religião evangélica que tudo vai bem. Principalmente se lá eu sou mais forte, mais
capaz, mais rico e menos doente.
Desde o politizado e midiático pastor das caravanas a
Israel, mas sem arrependimento com sua legião de torcedores até o esbravejador,
que espuma pelos cantos da boca, esbravejando com o fim de vender seus CDs e
livros, passando pelo casal Ananias e Safira – apóstolos do mundo (além do
patriarca, é claro), todos são times que têm seus torcedores que cantam em toda
e qualquer situação: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.
Se até os menos comprometidos com o evangelho têm
sentido vergonha da presente situação, imaginemos o quanto Deus está indignado
com os que mercadejam a Palavra para a obtenção de todo tipo de coisa que eles
chamam de lucro, usando os simples da fé e os que estão perto da verdade.
Só podemos agradar a Deus com fé, mas para dar razão
da esperança que há em nós não podemos deixar de usar a razão e o senso.
Maranata, vem Jesus!
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