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aos cristãos genuínos

Boas-vindas

Bem-vindo ao blog "500 Palavras".
Espero que você receba e aceite o desafio de ser um cristão genuinamente comprometido com a verdade do Evangelho de Cristo.
Os textos com quinhentas palavras são expressão do desejo de colaborar com o cristianismo autêntico e interessado em ver a glória do Senhor Jesus em todos os lugares do mundo - na igreja também.
Abisaí Nunes

Cristão Fedorento

Caminhar para um estado acima da mediocridade e por lá permanecer não é tarefa fácil nem comum no presente movimento pseudo-cristão.
A doutrina da glória humana ensinada pela agitação neo-pentecostal e infiltrada nas igrejas indefinidas, apresenta muito mais que um super-cristão (sem doenças, com dinheiro e bonito), mas, além disso, inculca nos treinados a insatisfação com as coisas que Deus lhes concede. 
É bem verdade que devemos ficar descontentes com nossa incompetência moral, com nossa vida relaxada e com o tanto que o Espírito Santo nos domina.
Entretanto, a insatisfação que se tem ensinado por aí vai desde “não aceite ser o rabo” até “posso (ter, é claro,) todas as coisas naquele que me fortalece”.
Com uma palestra que enfeitiça quem se deixa encantar, as aspirações dos quase-cristãos passam a agredir o cristianismo verdadeiro.  Muitos querem ter saúde num passe de mágica.  Muitos gostariam de fazer acontecer com um “isso é meu em nome de Jesus” (inclusive o marido da irmã ou a esposa do irmão).  E Jesus é anunciado para, tão somente, travestir a ganância e a prepotência de um falso poder espiritual e fé fingida.
Os efeitos colaterais disso tudo tem aparecido de diversas maneiras. Uma delas é a frustração dos aderentes.  Sim, eles vêem tudo acontecendo sempre na vida do outro.  Que outro?  Ora, aqueles que são induzidos a testemunharem o que lhes acontece como sendo a intervenção obrigatória de Deus depois de um passe de fé (passe!).  Na multidão deles são uma minoria extrema os que são beneficiados dessa doutrina.  Uma vez frustrados, devem seguir uma de três direções. Ou mentem que lhes acontecem o mesmo ou fogem decepcionados – estes são os que não tiveram vida com outro grupo cristão, pois os que já foram de outras igrejas não voltam atrás pelo fato de terem ridicularizado os que ficaram.  Ou, outros, assumem uma vida de fracasso e de nanismo espiritual – pois reconhecem que não chegarão a estar entre os mais conhecedores e maduros e artistas engenhosamente destacados na obra de prosperidade terrena.
De outra forma, menos longe da sanidade, encontram-se os cristãos que desconfiam da tal doutrina de prosperidade.  Fazem isso por saberem que vários heróis bíblicos não serviriam como exemplo dela. 
Muitos, porém, não conseguem abandonar a idéia de que, se pertencem ao Soberano, por que passam por dificuldades? Não compreendem que a vida cristã está para a glória de Jesus.  Resistem em aceitar que toda e qualquer situação a glória é para Cristo e não para os cristãos.  Estes, como aqueles, ao invés de exalarem o bom perfume de Cristo, exalam seu próprio cheiro.  Cheiro de pecado humano – fedor, mesmo.
Vivem num misto de estar no caminho seguro, mas com o coração nas supostas facilidades do descaminho.
Nunca ficam realmente satisfeitos com a graça de Cristo e, nas dificuldades (e todos passam por elas), miram somente no que Deus pode lhes dar, e não no que Ele quer lhes dar.
Vivem na presença de pessoas, mas sofrem demais a ausência de coisas.

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