Confesso que sou um cético de verdade. Porém nunca no que diz respeito ao que Deus pode fazer e, muito menos, àquilo que Ele prometeu que irá realizar. Por isso, não me canso de procurar na Palavra as verdades em que devo realmente gastar minha vida e depositar minha esperança.
Entretanto, sou um cético confesso em o que o homem é capaz de fazer. Principalmente quando ele deseja manipular as pessoas quanto ao que Deus pode estar supostamente fazendo. E nem precisamos ir longe para encontrar esse tipo de bandidagem “gospel”.
Os olhos do mundo evangélico (e muitos outros também) estão apontados para a capela da universidade de Asbury neste momento (em Wilmore - KY).
Várias pessoas estão se encaminhando pra lá - outras tantas já foram para verem e testificarem presencialmente o que está sendo chamado de o começo de um outro reavivamento na Igreja de Jesus (tomara!).
Já tem fila para entrar na capela, apesar das chuvas e de raios.
Tenho um amigo que é professor em Asbury e mora em Wilmore. E eu, com minha esposa e uma de minhas filhas, fomos naquela capela - ciceroneado por esse amigo em 2017.
Ele e sua família são nossos olhos ali, já que ele se ofereceu a mim para responder quaisquer perguntas. Tenho feito algumas. Ele está muito ocupado ajudando como segurança para que as pessoas se sintam protegidas durante o tempo ali. Sua esposa coopera na agenda de oração. Asbury quer que a atenção seja voltada apenas ao Senhor e tem procurado evitar o foco em pessoas - nem o próprio presidente da universidade, quando falou ali (conhecido pelos alunos, mas desconhecido pelos visitantes) se apresentou como pessoa importante. Apenas disse que era alguém que trabalha em Asbury.
Achei interessante que quem entregou a mensagem quando o movimento começou foi um pastor da Aliança Cristã e Missionária. Denominação reconhecidamente voltada à santidade e missões.
Muitos acontecimentos ali me impressionam e me deixam muito alegre, mas tudo - como sempre na nossa vida - deve nos fazer olhar para o que o Senhor deseja com o que Ele faz.
Arrisco tecer algumas considerações para mim que podem servir para outras pessoas também:
- Nada do que está acontecendo ali agora foi planejado, embora o ambiente de adoração estava pronto pela regularidade dos alunos da universidade.
Isso me faz lembrar quando Jesus disse a Pedro e Pedro respondeu: “esforçamo-nos a noite toda e não pegamos nada”. Jesus tinha dito: “Vá para onde as águas são mais fundas e lancem as redes para pescar”.
A pesca maravilhosa - o milagre do Senhor - aconteceu porque Pedro obedeceu com a capacidade que Deus, em sua graça anterior tinha dado a ele: saber onde as águas eram mais fundas (experiência com capacidade de observação analítica) e jogar as redes de forma que seja para pegar peixes - não apenas jogar as redes de qualquer jeito. Se jogassem as redes emboladas talvez o milagre seria pegar alguns poucos peixes.
A obediência, a perseverança e a boa intenção são terrenos férteis para a ação do Senhor. Deslocamento e (com) intencionalidade = A Grande Comissão.
A ida ao culto, a oração, a leitura da Palavra deixam o ambiente de nossas vidas preparado.
- Podemos dizer que muitas pessoas não querem a presença do Senhor nem o mover do Espírito, mas o conforto de uma cura física e/ou a cura de um trauma do seu passado, “apenas”.
Claro que Deus pode fazer tudo isso para quem Ele bem quiser, mas o melhor de tudo é mesmo a presença gloriosa do Senhor e sentir o Vento do Espírito. Porém para os cristãos que se viciaram em benefícios terrenos só olham para Deus como um ser que lhes satisfaz os desejos como o Gênio da Lâmpada.
Uma parte da multidão que seguia Jesus o seguia apenas pelo pão e peixe que o Mestre poderia prover para apenas lhes encher suas barrigas e não mais terem que trabalhar ou, como a mulher samaritana disse a Jesus: “dê-me dessa água para que eu não tenha mais sede nem tenha que vir aqui buscá-la mais”.
Lembremos que até as coisas mais legítimas que queremos do Senhor não podem estar separadas da glória dEle.
- A presença do Senhor sempre será impressionante.
Recordemos do povo hebreu diante do monte Sinai quando Moisés iria receber as tábuas da Lei do próprio Senhor. Porém, na graça de Jesus o medo se transformou em desejo dEle por perto. Seu amor e seu poder.
No entanto, não podemos nos esquecer que ainda estamos por aqui nessa terra quebrada e cheia de gente para reconhecer o Evangelho de Jesus e desejá-Lo como aquele que preenche o vazio da alma e salva eternamente mediante Seu o amor.
Enquanto Ele não se manifesta de forma mais tangível em nosso cotidiano na Terra (quem nos dera aqui e agora) devemos seguir na esperança de que até mesmo os Avivamentos que existiram (ou estão a acontecer) não devem ser mais desejados que o céu que nos aguarda com muito mais maravilhas que alguém possa experimentar - até mesmo com a experiência que tiveram Pedro, Tiago e João na transfiguração de Jesus.
- Olhamos para Asbury com esperança e ânimo no Senhor, mas o mundo olha para o incremento da guerra - que pode se transformar na 3ª Guerra Mundial e também dão atenção para OVNI’s fakes que rodeiam o mundo.
Claro que cada um olha para onde o seu coração manda, é verdade, mas para nós, que passamos uma pandemia (e ainda a estamos passando, pelo menos em seus reflexos) agora estamos sendo cercados por notícias que querem nos deixar paralisados quanto à grande necessidade do planeta: Jesus todo e tudo dEle.
Devemos fixar nossos olhos em Jesus, sim, mas não podemos ficar inertes. Não estamos na sepultura.
E, para o bem da verdade, o nosso Mestre mesmo foi quem disse: quando vocês ouvirem de guerras e rumores de guerra não fiquem assustados porque isso é apenas o começo do fim. Maranata!
Sim, devemos ouvir Paulo nos dizer: “Desperta, ó tu que dormes e Cristo te iluminará”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário