Com o filme Avatar ficou popularizado um termo que já existia no mundo ciber (e no dicionário também, claro!) que representa a “realidade” de uma pessoa virtual – isso mesmo: pessoa (pensamento, volição , preferências...) virtual (ilusória, imaginada, irreal...).
Avatar é um “alguém” que você vive a sua vida. É você em outro corpo. Estranho, não!?
No comunicador Skipe, todos os assinantes já podiam ter seu avatar há muito tempo. Cada um escolhe o estilo, a cor da pele,o tipo de bigodes... que deseja aparecer para o mundo como sendo seu perfil. Um “eu” de mentirinha.
O que veio para ficar com o filme foi a ideia de pessoas terem seu avatar sem a virtualidade. Em resumo, o filme mostra humanos que constroem seus avatares – e que ganhavam vida em outro planeta para serem usadas por seus criadores. Quando o seu dono dormia aqui, acordava o (no) avatar lá. Quando acordava aqui, vivia o “ele mesmo” aqui, óbvio!
O triste é que o avatar-vivo podia sofrer e morrer como os humanos. Entretanto o dono do avatar não morria junto, podia, apenas, perder o seu “eu-outro”.
Fantasia intrigante essa do tal avatar! Porém, no mundo “real” isso não é novidade nem inocente. Vemos isso de duas formas: Uma delas se chama possessão demoníaca. O demônio invade (ou apenas entra em um fulano) e vive no lugar da pessoa, usando seu corpo (dela) como bem desejar. Esse dito-cujo vai assumir para si as consequências de um mau uso do demônio quando lhe surrupiou a mente e o corpo.
Outra forma é quando pessoas manipulam pessoas. Ao chegarmos à idade adulta, já temos um sem número de situações que poderíamos alistar como a de alguém manipulando alguém. Muitos de nós, por vezes, tomamos atitudes que não brotaram de uma reflexão de dentro para fora (a voz da consciência ou a do Espírito Santo), mas de fora para dentro para fora. É o fato de alguém, buscando seus interesses sem querer “morrer” sua vida, preferir usar um avatar (um cidadão que, para ele, é de segunda categoria e que não vale tanto). Ora, caso o avatar se queime, fica queimado o avatar, e daí?
As duas falsas testemunhas que falaram contra Jesus serviram de avatar do Sinédrio.
Pilatos foi avatar do povo quando o pressionaram, dizendo: “crucifica-O!”
Judas, interessante, foi avatar do diabo e dos líderes judaicos.
A habilidade de algumas pessoas em manejarem outras leva em conta a inocência ou a falta de discernimento de quem é manipulado.
Isso é grave! Pois, da mesma forma que um endemoninhado não poderá dizer para o juiz “não foi minha culpa”, o manipulado não poderá dizer ao Justo Juiz “não fui eu”.
Consideremos seriamente e com grande cuidado o que temos ouvido, de qual fonte e – de mais valor ainda – com qual motivação se apresenta aquele(a) que me fala e me faz agir.
Demônios usam pessoas como “cavalos”, mas algumas pessoas sempre tentarão nos usar como seus mamulengos, bonecos e avatares.
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